domingo, 15 de fevereiro de 2009

Resultado Cajon+B&B

Os ganhadores do Concurso Cajon+B&B são Ingrid Araujo, Rafael Srur e Lu. Parabéns!!!! O Rafael fez um texto bem especial que vou reproduzir aqui. Será que conseguimos entre todos responder seus questionamentos? Ganhadores, mandem um e-email com endereço de envio para nuestro.cajon@gmail.com.

Sobre a ligação entre música e moda, acho o tópico dos mais interessantes. Assim como o cinema e as novelas (no Brasil), é impossível negar como como estes quase "ditam" o que é "bacana" ou não. Obviamente os "mudernos" e os formadores de opinião são os primeiros a adotar aqui no Brasil o que é descolado, cool; para logo em seguida, quando já não são os únicos a usarem seus wayfares, suas calças skinny, seus lenços palestinos e seus bigotes/cortes de cabelo estranhos; jogar tudo fora, porque o "mainstream" roubou seu look (que vamos combinar chega no Brasil depois de 2 anos ou mais...) Então os "cultuados" fashionistas, que não passam de fashion victims, obcecados com seus achados brecholentos e sua atitude muderna não são nada mais que deslumbrados. É claro que é impossível negar que a graça da moda está na sua constante mudança. E é mais impossível ainda negar o quanto os stylists de celebridades são poderosos e a fascinação de atrizes "desenhando" suas próprias linhas de roupa. Como estamos cansados de saber, a moda, não mais ditada por designers e sim pela suposta diversidade de tendências/influência do street style e sua suposta liberdade de expressão não é nada mais do que: "o que vc está vestindo?" "Todo que estou vestindo é de segunda mão, o sapato não lembro onde comprei... É claro que há exceções, The Sartorialist é genial porque mostra um ângulo quase atemporal e ainda assim contemporâneo. Para ser sincero, de início qualquer blog de street style me fascinava, mas depois não agüentava mais tanto crash de estampa, skinny jeans, leggin e o indefectível óculos wayfare... Qual é o sentido de todos se parecerem exatamente iguais? Confesso que sou obcecado por tênis, especialmente as parcerias das grandes marcas com designers de moda, ilustradores etc. Se pude$$e colecionava, sim! Não gosto de falar em crise, mas não é o momento de buscar design e tecidos mais duravéis? Deixemos o luxo e o maravilhoso espetáculo que é a Alta Costura para John Galliano, Alexander McQueen (porque ainda precisamos sonhar)! Que tal os designers brasileiros adotarem a estratégia da Fillipa K, que recentemente abriu uma loja (sim uma loja e não uma brechó) para vender peças de coleções antigas e peças usadas? Fast Fashion já era, slow fashion, minha gente! Aproveitando a deixa, uma pergunta que aposto que todo faz (não em voz alta). Por que a Osklen é tão cara? Por que usa materiais "eco friendly", ou por que tem lojas em Portugal, NY e Tokyo que dão mais retorno de mídia do que lucro propriamente dito? Jeans será sempre jeans. Tom Ford recentemente produziu uma peça de denim raw japonês com botão de ouro e acabamento de em fios de seda. A palavra de vez é raw denim, japonês de preferência. O que isso nos diz? Antes uma peça democrática, agora virou símbolo de status. Afinal, quem entende o mínimo de jeans sabe diferenciar uma peça Diesel, 7 For All Mankind, e tantas outras disponíveis a preços exorbitantes no Brasil. Mais do que a idéia do jeans artesanal (é claro que eu gostaria de algumas feitas exclusivamente para mim na Earnest Sewn) o que acho mais interessante é o jeans orgânico. Acredito que a Eden seja pioneira no Brasil.

4 comentários:

Unknown disse...

Que surpresa! Estava lendo meu feed e o primeiro era do Cajon. Aí fui lendo e apareceu meu nome! Muito bom!
Um ótimo início de domingo!
Relendo o texto, percebi erros de digitação, algumas palavras faltando...Como sou super metódico, revisei e publiquei no meu blog a versão corrigida do meu comentário com uma introdução eu adoro o Cajon!
Adoraria ter um banner de vocês! Não faço um blogroll por preguiça.

Você conhece o trendhunter.com? Tenho escrito colaborações para o site e divulguei o Cajon lá, trabalhando em cima do post sobre as vitrines da Selfridges.
www.trendhunter.com/popieces.

Ah, o texto revisado:

Sobre a ligação entre música e moda, acho o tópico dos mais interessantes. Assim como o cinema e as novelas (no Brasil), é impossível negar como como estes quase "ditam" o que é "bacana" ou não. Obviamente os "mudernos" e os formadores de opinião são os primeiros a adotar aqui no Brasil o que é descolado, cool; para logo em seguida, quando já não são os únicos a usarem seus wayfares, suas calças skinny, seus lenços palestinos e seus bigotes/cortes de cabelo estranhos; jogar tudo fora, porque o "mainstream" roubou seu look (que vamos combinar chega no Brasil depois de 2 anos ou mais...) Então os "cultuados" fashionistas, que não passam de fashion victims, obcecados com seus achados brecholentos e sua atitude muderna não são nada mais que deslumbrados. É claro que é impossível negar que a graça da moda está na sua constante mudança. E é mais impossível ainda negar o quanto os stylists de celebridades são poderosos e a fascinação de atrizes "desenhando" suas próprias linhas de roupa. Como estamos cansados de saber, a moda, não mais ditada por designers e sim pela suposta diversidade de tendências/influência do street style e sua suposta liberdade de expressão não é nada mais do que: "o que vc está vestindo?" "Todo que estou vestindo é de segunda mão, o sapato não lembro onde comprei... É claro que há exceções, The Sartorialist é genial porque mostra um ângulo quase atemporal e ainda assim contemporâneo. Para ser sincero, de início qualquer blog de street style me fascinava, mas depois não agüentava mais tanto crash de estampa, skinny jeans, leggin e o indefectível óculos wayfare... Qual é o sentido de todos se parecerem exatamente iguais? Confesso que sou obcecado por tênis, especialmente as parcerias das grandes marcas com designers de moda, ilustradores etc. Se pude$$e colecionava, sim! Não gosto de falar em crise, mas não é o momento de buscar design e tecidos mais duravéis? Deixemos o luxo e o maravilhoso espetáculo que é a Alta Costura para John Galliano, Alexander McQueen (porque ainda precisamos sonhar)! Que tal os designers brasileiros adotarem a estratégia da Fillipa K, que recentemente abriu uma loja (sim uma loja e não uma brechó) para vender peças de coleções antigas e peças usadas? Fast Fashion já era, slow fashion, minha gente! Aproveitando a deixa, uma pergunta que aposto que todo faz (não em voz alta). Por que a Osklen é tão cara? Por que usa materiais "eco friendly", ou por que tem lojas em Portugal, NY e Tokyo que dão mais retorno de mídia do que lucro propriamente dito? Jeans será sempre jeans. Tom Ford recentemente produziu uma peça de denim raw japonês com botão de ouro e acabamento de em fios de seda. A palavra de vez é raw denim, japonês de preferência. O que isso nos diz? Antes uma peça democrática, agora virou símbolo de status. Afinal, quem entende o mínimo de jeans sabe diferenciar uma peça Diesel, 7 For All Mankind, e tantas outras disponíveis a preços exorbitantes no Brasil. Mais do que a idéia do jeans artesanal (é claro que eu gostaria de algumas feitas exclusivamente para mim na Earnest Sewn) o que acho mais interessante é o jeans orgânico. Acredito que a Eden seja pioneira no Brasil

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Posso ser abusado e pedir a bolsa estampada "tropical/havaiana/vintage"?

Ingrid Araujo disse...

Oláaaa! fiquei super feliz por terem gostado do artigo.! Gostaria se possível da bolsa ser a branca ou dourada, ameiiii...são lindas!
Bjusss!