Pierre Bergé o eterno sócio de Yves Saint Laurent esteve de visita a Espanha para a inauguração da exposição ‘Yves Saint Laurent. Diálogos com a arte' e deu uma entrevista , que trascrevo parte abaixo, ao jornal El Pais: "A moda de hoje é Zara!".
Pierre Bergé, co-fundador de Yves Saint Laurent, marca o fim da alta costura
O Rei morreu. Viva o Rei! Ou o que é o mesmo na versão castelhana, rei morto, rei posto. Consciente de estar no berço do reino Inditex, o co-fundador da casa de alta costura Yves Saint Laurent, Pierre Bergé, proclamou ontem en La Coruña, "sem nostalgia, nem remorsos", o fim da moda tal e como se entendeu até a retirada em 2002 do genial criador parisiense ou os tempos já abolidos de Chanel, Dior e Balenciaga.
A criação de alta costura "não era uma arte, mas uma maneira de acompanhar uma arte de viver e a uma elite social que desapareceram, por isso já não existe razão de ser que um estilista, desde sua torre de marfim, siga decidindo ou impondo se as saias devem ser curtas ou compridas. As mulheres hoje querem ser livres, que ninguém lhes dite como vestir ou comportar-se". E para bem ou para mal que, "a moda hoje é Zara", sentenciou Bergé durante a apresentação da imponente e exclusiva exposição que durante três meses reúne en La Coruña 47 dos mais espetaculares modelos de Saint Laurent com obras de modo que os inspiraram, incluídas creacioens de Picasso, Braque, Matisse, Goya e Léger. [...]
"A verdadeira criação na moda não é recriar uma fantasia de juventude ou o vestido de sua avó, senão que exista um diálogo entre a moda e a rua, uma cumplicidade entre todas as mulheres e o estilista que hoje nem sempre existe" nas coleções dos grandes desfiles, diz.
As mulheres não usam os trajes que se apresentam nas passarelas "e tanto melhor". Mas, olho, destaca Bergé, a profissão mudou e a alta costura já não tem razão de ser, mas a moda de hoje, ainda sendo Zara o modelo triunfante, segue tendo o cunho e legado de YSL.
"Todas as mulheres usam algo a cada dia que devem a Saint Laurent; que jogou um papel extremamente importante no que é hoje a moda, porque primeiro foi Chanel quem liberou à mulher, e anos depois, ele lhes deu o poder que tinham os homens, ao fazer-las levar smokings, ternos, ou jaquetas saarianas.
Aquilo sim, gotejava cumplicidade total entre o costureiro e as mulheres. E na magnífica exposição que idealizaram para La Coruña a Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent e a de Caixa Galícia se mosta em todo seu esplendor outras das grandes inovações da criação do gênio parisiense. Foi único em "misturar intimamente todas as criações artísticas" ao conseguir modelar em uma prenda "viva e com movimento" a arte fixada em um quadro ou uma escultura, não para copiar ao artista, mas para apeoximá-lo à gente. [...]
Pierre Bergé, co-fundador de Yves Saint Laurent, marca o fim da alta costura
O Rei morreu. Viva o Rei! Ou o que é o mesmo na versão castelhana, rei morto, rei posto. Consciente de estar no berço do reino Inditex, o co-fundador da casa de alta costura Yves Saint Laurent, Pierre Bergé, proclamou ontem en La Coruña, "sem nostalgia, nem remorsos", o fim da moda tal e como se entendeu até a retirada em 2002 do genial criador parisiense ou os tempos já abolidos de Chanel, Dior e Balenciaga.
A criação de alta costura "não era uma arte, mas uma maneira de acompanhar uma arte de viver e a uma elite social que desapareceram, por isso já não existe razão de ser que um estilista, desde sua torre de marfim, siga decidindo ou impondo se as saias devem ser curtas ou compridas. As mulheres hoje querem ser livres, que ninguém lhes dite como vestir ou comportar-se". E para bem ou para mal que, "a moda hoje é Zara", sentenciou Bergé durante a apresentação da imponente e exclusiva exposição que durante três meses reúne en La Coruña 47 dos mais espetaculares modelos de Saint Laurent com obras de modo que os inspiraram, incluídas creacioens de Picasso, Braque, Matisse, Goya e Léger. [...]
"A verdadeira criação na moda não é recriar uma fantasia de juventude ou o vestido de sua avó, senão que exista um diálogo entre a moda e a rua, uma cumplicidade entre todas as mulheres e o estilista que hoje nem sempre existe" nas coleções dos grandes desfiles, diz.
As mulheres não usam os trajes que se apresentam nas passarelas "e tanto melhor". Mas, olho, destaca Bergé, a profissão mudou e a alta costura já não tem razão de ser, mas a moda de hoje, ainda sendo Zara o modelo triunfante, segue tendo o cunho e legado de YSL.
"Todas as mulheres usam algo a cada dia que devem a Saint Laurent; que jogou um papel extremamente importante no que é hoje a moda, porque primeiro foi Chanel quem liberou à mulher, e anos depois, ele lhes deu o poder que tinham os homens, ao fazer-las levar smokings, ternos, ou jaquetas saarianas.
Aquilo sim, gotejava cumplicidade total entre o costureiro e as mulheres. E na magnífica exposição que idealizaram para La Coruña a Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent e a de Caixa Galícia se mosta em todo seu esplendor outras das grandes inovações da criação do gênio parisiense. Foi único em "misturar intimamente todas as criações artísticas" ao conseguir modelar em uma prenda "viva e com movimento" a arte fixada em um quadro ou uma escultura, não para copiar ao artista, mas para apeoximá-lo à gente. [...]
2 comentários:
Viu? Eu já tinha dito isso e ninguém me ouviu! :-P
Nossa, concordo muito!! Os tempos são outros, ninguém quer mais ser igual aos outros.
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