Aqui no blog, sempre falo sobre o fast fashion , claro que maioritariamente falo sobre a minha nova cidade, Madrid, mas não posso fiacar a margem do "babado forte" que está acontecendo no Brasil. A Revista Piauí fez uma reportagem sobre os estilistas brasileiro e suas cópias... e estou acompanhando tudo atravéz do Oficina de Estilo , do Blogview e do fashion now. Comentei a matéria no Oficina e transcrevo meu texto abaixo:
O eterno dilema…é ainda possível a criatividade, a originalidade nas artes plásticas, música, cinema, nos modelos econômicos…no como vestimos/industria da moda. Talvez seja um problema de mercado onde a mínima inversão é acompanhadade de máximo rendimento econômico. Quando você entra na roda que é essa industria, em que a grande palavra é o lucro, os riscos de algo novo nem sempre são aceitos…e você se corrompe, usando como desculpa a inspiração, mas estando seguro de que é uma cópia com venda “certa” na prateleira .Não sei se são exponênciais inversas: conforme sobe o benefício financeiro, desce o compromisso com a NECESSIDADE criativa .Essa polêmica realmente não é só nacional… vivo em Madrid e me surpreendi um dia desses quando conheci um blog dedicado a cópia , http://devilwearszara.blogspot.com/ e é um retrato da triste realidade criativa q vivemos, usamos clones de grandes marcas e o pior encontramos clones nossos pela rua. Acredito eu, que isso que faz com que os blogs de “street style” tenham tanto êxito,porque se HM, Zara, Top Shop estão em toda europa, e dá igual se está em Madrid, Paris ou Londres as peças na vitrine são as mesmas , e todos “nós” compramos em estas lojas, o único que faz o diferencial são as combinações de peças e as peças de brechó, o que aqui existe e é valorizado são os pequenos ateliês ,que sim, buscam a personalidade .E sei bem, que no Brasil nem todos querem pagar por essa exclusividade. Mas voltando as grandes marcas brasileiras ,o que vejo são algumas cópias descaradas que o público consumidor não tem nem idéia que são cópias, e quando tem não se incomoda, e esse babado , por enquanto vai ficar entre “o povo de moda”… estamos na década do fast-fashion fazemos cópia, da cópia , da cópia, de algo que teve uma inspiração e só teremos as repostas para estas (minhas) divagações quando daqui a 30 anos estudarmos a história da moda no início do século XXI.
foto:o primeiro é chloé e o segundo é tessuti
Nenhum comentário:
Postar um comentário