Todos os artistas que estão participando do projeto Brookfield Urban Gallery (que já falamos aqui e aqui), fazem parte da ROJO, uma organização criativa independente que tem sedes em Barcelona, Milão e São Paulo.
Pois temos uma surpresa!
O Cajon entrevistou o David Quiles Guilló, fundador da ROJO e responsável pela curadoria do Brookfield Urban Gallery (ou seja, de escolher quais artistas irão participar). Ele nos falou um pouco mais sobre a ROJO e sobre o projeto. Leia a entrevista abaixo, na íntegra.
E atenção: se você quiser fazer outras perguntas ao David sobre a ROJO e/ou sobre o Urban Gallery, escreva nos comments desse post que intercederemos pelos nossos leitores!
CAJON > sobre a ROJO
DAVID: A ROJO® vem atuando há quase 10 anos na cena cultural internacional e publica a respeitada ROJO® magazine lançando tendências visuais internacionais no mundo das artes visuais. A ROJO® se dedica à promoção e apoio das artes contemporâneas através de exposicões, projetos e outras mídias próprias. Tem sedes em São Paulo (Brasil), Barcelona (Espanha) e Milão (Itália). A ROJO® tem em seu portfólio mais de 600 eventos internacionais que exploram diferentes mídias e promovem o encontro entre artistas de todos os cantos do mundo e a troca de experiências criativas.
> Como a ROJO seleciona seus artistas? Há algo específico que é valorizado no trabalho artístico para que o artista seja selecionado pela ROJO?
A ROJO® seleciona os artistas sempre com base no trabalho e o resultado final do mesmo. A ROJO® gosta muito de promover arte "forward-thinking" poetica e positiva... não nos importamos nem um pouco de onde o artista é, ou qual é o CV dele... e sim do que ele está gerando nesse mesmo momento em que nos decidimos trabalhar em conjunto.
> A ROJO trabalha somente com grandes projetos, ou também comercializa trabalhos dos artistas envolvidos?
A ROJO® trabalha em todos os formatos possíveis que ajudem aos artistas que gostamos a viver do que eles/elas fazem. Desde grandes projetos patrocinados, até pequenas exposições em galerias alternativas. Qualquer formato que ajude ao artista a ser mais conhecido, a trocar ideias com outros artistas, a aumentar o contato da obra dele/dela com o público, e que tenha alguma chance de melhorar a carreira artistica dele/dela, e um formato que a ROJO® se interessa.
> Como foi a curadoria para o Brookfield Urban Gallery? Quais aspectos foram levados em consideração na seleção dos artistas e em qual dos 5 locais pintariam? (por exemplo: a linguagem usada por eles, a nacionalidade, a disponibilidade nesse período, etc).
Todos os criterios mencionados entram no mix do porque cada artista foi selecionado. Primeiro foi decidido que linguagem e estética queriamos para o projeto Urban Gallery... ao ser grandes áreas a serem trabalhadas, decidimos que teriam que ser artistas que trabalhassem com o que nos chamamos de "arquitetura de cor".
> Quais foram as maiores dificuldades desse projeto?
A produção de grandes areas externas a serem trabalhadas sempre tem a dificuldade das variações climaticas, que sempre atrapalham o calendario de produção, além da "chuva", outra grande dificultade foi definir quais projetos eram os mais adequados para cada local, e qual seria a forma de produção de cada um deles.
> Qual foi o briefing passado aos artistas? Eles tiveram completa liberdade no processo criativo, ou a Rojo dá uma assessoria nesse sentido?
A ROJO®, quando o projeto é para um cliente, sempre dirige o projeto em todos os aspectos, mas so como um ponto de partida para os artistas criarem o trabalho deles. No processo de criação, a ROJO® está sempre envolvida em todos os aspetos do projeto para garantir que os artistas fiquem satisfeitos com o trabalho e que seja o mais próximo aos objetivos do cliente.
> Existe um porquê para a escolha das cidades de São Paulo, Milão e Barcelona como sede da ROJO? Explique.
A ROJO® nasceu em Barcelona, na Plaza del Sol, do bairro de Gracia. O projeto já nasceu internacional sendo lançado em 3 cidades no primeiro mês de vida: Barcelona, São Paulo e Paris... depois cidades como Londres, Berlin, Milão, Copenhagen, NYC, Rio de Janeiro, Seoul, Melbourne... anos depois um dos nossos diretores executivos voltou para a cidade dele, Milão, e abrimos uma galeria que serve de sede fixa da ROJO® na Italia, e uns anos atrás o fundador e diretor criativo da ROJO® mudou para São Paulo, e centralizou a criação da ROJO® no Brasil. As três sedes se complementam, sendo que cada uma delas tem funções específicas, além de dar a ROJO® uma visão global da criação internacional.
Gostaram??
Deixaremos vocês com um vídeo do projeto NOVA, que também teve curadoria da ROJO e aconteceu esse ano em São Paulo, no Museu da Imagem e do Som e do SESC Pompéia. O artista MOMO, que já falamos aqui, participou junto com outros a artistas. Olha que legal:
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