Não dá para ignorar que o dandismo é uma tendência de comportamento fortíssima neste final de década, é só olhar á nossa volta, ou pelo menos a minha volta e dando uma volta pela blogolândia. Sartorialist, como grande representante e fotógrafo deste homem que se prepara, se veste de MASCULINO, assim, com letra maiúscula, uma nova elegância que o envolve como em uma aura de fresca sofisticação. Basta olhar as semanas de moda de inverno. Eu particularmente torço para que esta seja uma tendência dominante.
Em 2008 o Museu Dior nos brindou com a exposição Dandysmes 1808-2008, de Barbey d'Aurevilly à Christian Dior onde comemoramos 200 anos do nascimento da palavra Dandy. Este ano quem puder visitar Santiago de Compostela não pode perder no CGAC Sur le dandisme Aujourd'hui: Del maniquí en el escaparate a la estrella mediática (O dandismo em nossos dias. Do manequim na vitrine à estrela midiática).Uma mostra que explora o espírito dos dandis "arcaicos" na produção de artistas atuais. Uma analise das influência estratégias e conceitos empregados pelos artistas do século XIX próximos ao dandismo na iconografia e a temática desenvolvidas por criadores atuais na sua produção.
O termo dândi perdeu hoje dia o significado original , talvez por seu uso excessivo. Além de identificar esses personagens elegantes ou particularmente originais, qualifica como figuras que transformaram sua vida em parte de sua obra e que se afastaram das tendências mais próximas ao ser humano e a própria natureza para alcançar o refinamento. Não constituem só parte do passado, boa parte dos dandis que conhecemos são protagonistas de novelas ou obras de teatro, tratados e ensaios. Para alcançar sua definição necessitamos imagens como o Brummel de Balzac, o Marqués Robert de Montesquieou de Proust, Charles Baudelaire, e, sobretudo, Oscar Wilde. A chegada do século XX contribuiu para uma reconstrução da idéia de artista e do próprio dandy. Este atravessou a barreira da chamada alta cultura para entrar no imaginário popular da mão de estrelas do cinema ou a música.
A exposição conta com trabalhos de de Ignasi Aballí, Elizabeth Peyton, Cindy Sherman, Francesco Vezzol, John Bock, Carol Bove, Tracey Emin, Douglas Gordon, Jeff Koons, Juan Luis Moraza, Carlos Pazos, Richard Prince e Andy Warhol, entre outros e está dividida em três seções: Brummelliana, Baudelairiana e Wildeana.
A primeira tem como guia a Brummel, caracterizado por outorgar às coisas ou objetos um valor irreal além de sua funcionalidade, fazendo uma aproximação com à idéia de arte. Em paralelo, o artista contemporâneo que se auto publicita. A segunda parte, Baudelairiana, reproduzirá a estrutura de "O pintor da vida moderna" para adentrar nas noções do eterno e o fugazes, a moda e o clássico, que obsecaram ao francês. E por último, Wildeana lembra o objetivo de Wilde de converter-se em obra de arte criando seu próprio personagem. Uma vez que considerou finalizada a obra de teatro em que transformou sua existência, se deixou morrer.
Leia mais críticas sobre esta exposição imperdível aqui!
CGAC- c/ Ramón del Valle Inclán, s/n - Santiago de Compostela
De 15 de janeiro al 21 de março de 2010
Em 2008 o Museu Dior nos brindou com a exposição Dandysmes 1808-2008, de Barbey d'Aurevilly à Christian Dior onde comemoramos 200 anos do nascimento da palavra Dandy. Este ano quem puder visitar Santiago de Compostela não pode perder no CGAC Sur le dandisme Aujourd'hui: Del maniquí en el escaparate a la estrella mediática (O dandismo em nossos dias. Do manequim na vitrine à estrela midiática).Uma mostra que explora o espírito dos dandis "arcaicos" na produção de artistas atuais. Uma analise das influência estratégias e conceitos empregados pelos artistas do século XIX próximos ao dandismo na iconografia e a temática desenvolvidas por criadores atuais na sua produção.
O termo dândi perdeu hoje dia o significado original , talvez por seu uso excessivo. Além de identificar esses personagens elegantes ou particularmente originais, qualifica como figuras que transformaram sua vida em parte de sua obra e que se afastaram das tendências mais próximas ao ser humano e a própria natureza para alcançar o refinamento. Não constituem só parte do passado, boa parte dos dandis que conhecemos são protagonistas de novelas ou obras de teatro, tratados e ensaios. Para alcançar sua definição necessitamos imagens como o Brummel de Balzac, o Marqués Robert de Montesquieou de Proust, Charles Baudelaire, e, sobretudo, Oscar Wilde. A chegada do século XX contribuiu para uma reconstrução da idéia de artista e do próprio dandy. Este atravessou a barreira da chamada alta cultura para entrar no imaginário popular da mão de estrelas do cinema ou a música.
A exposição conta com trabalhos de de Ignasi Aballí, Elizabeth Peyton, Cindy Sherman, Francesco Vezzol, John Bock, Carol Bove, Tracey Emin, Douglas Gordon, Jeff Koons, Juan Luis Moraza, Carlos Pazos, Richard Prince e Andy Warhol, entre outros e está dividida em três seções: Brummelliana, Baudelairiana e Wildeana.
A primeira tem como guia a Brummel, caracterizado por outorgar às coisas ou objetos um valor irreal além de sua funcionalidade, fazendo uma aproximação com à idéia de arte. Em paralelo, o artista contemporâneo que se auto publicita. A segunda parte, Baudelairiana, reproduzirá a estrutura de "O pintor da vida moderna" para adentrar nas noções do eterno e o fugazes, a moda e o clássico, que obsecaram ao francês. E por último, Wildeana lembra o objetivo de Wilde de converter-se em obra de arte criando seu próprio personagem. Uma vez que considerou finalizada a obra de teatro em que transformou sua existência, se deixou morrer.
Leia mais críticas sobre esta exposição imperdível aqui!
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