Smael é um super artista de rua que já expos na Bélgica, França, Estados Unidos, etc e é representado inclusive na Holanda. Atualmente há duas exposições no Rio de Janeiro com trabalhos seus: uma na Galeria Inox em Copacabana e a Vem na Mão. Ele parou um pouquinho para responder nossas perguntas. Clique aqui para ver um 'currículo visual' dos trabalhos de Smael nos últimos anos.
Já sabemos que vc foi autodidata no graffiti, mas como surgiu o interesse nessa arte, e como foi o processo de aprendizado? Vc teve alguém te dando dicas?
O interesse pelo graffiti nasceu quando ele aportou no Rio de Janeiro em 98, andava de skate e já vivia uma certa cultura de rua, sempre me interessei por desenho, desde o colégio. O processo de aprendizagem vem do convivio com outros grafiteiros, por troca de experiências, quando o graffiti começou aqui não tinhamos nenhuma base e nem material adequado para a pratica, foi meio que na marra esse início. O pouco que conheciamos passavamos para frente, foi muito importante essa troca.
Quais foram/são suas influências? Algum artista em particular?
Diretamente nenhum artista em especial me influencia, diria que admiro o trabalho de muitos, mas nao que isso implique nos meus traços.
Seu traço é inconfundível, mas seu trabalho também é muito conhecido pela forma como você utiliza as cores. Entretanto, no programa ‘Catálogo’ você mostrou desenhos e eles são todos preto e branco… As cores só entram na etapa final? Como é a relação entre o desenho e a cor?
As cores são as extruturas das formas, costumo dizer que é a alma, a personalidade do retratado. Todos nós somos cores e luzes, não poderia ser diferente com meus personagens.
Elas entram na etapa final da pintura, tudo começa no desenho que pratico antes e passo para as telas ou paredes.
Você tem ‘fases’ com as cores, como por exemplo cismar com certas combinações por um tempo?
sim, a vida é feita de fases, assim como as pinturas.
O seu trabalho é muito mais abstrato do que o que costumamos ver em street art. A meu ver, esteticamente ele se parece mais com exemplos da arte moderna (Klee, Miró…), mas ao mesmo tempo seu aprendizado foi no graffiti. Como você vê essa dicotomia street art vs. fine art? Os conceitos estão se unindo? Quais as diferenças?
A diferença é no suporte e no valor que datamos as coisas, a maneira como tratamos determinados movimentos e estilos de pinturas. Porque o graffiti é uma arte menor? Na minha opinião é o maior movimento de arte contemporânea que já existiu. Todas as outras grandes escolas de arte ficaram no seu tempo, o graffiti continua evoluindo e criando estilos mundo afora.
Quando escolhi pintar dessa maneira na rua foi apenas minha parte nesse processo, queria mostrar para os outros artista da epoca que poderiamos fazer algo diferente dentro do nosso universo. No inicio achei que fosse ser reprovado no meu estilo, mas aconteceu exatamente o contrário.
Dentre os projetos que você já participou, qual foi o maior desafio?
O meu inicio nas galerias, estava encarando um mundo completamente diferente do que estava habituado.
Você se sente restringido / preso quando tem que trabalhar de acordo com um briefing, e/ou em um espaço delimitado (como uma tela, por exemplo – oops.. acabei de lembrar da Transposição…)?
Os briefings são para mim um desafio pessoal, sempre estou disposto a experimentar algo diferente no meu trabalho e sugestões dentro dos limites, sao sempre bem vindas.
Quanto ao espaço limitado das telas rompo isso com minhas transposições, aonde uno pintura nas paredes e nas telas.
Também na entrevista para o programa ‘Catálogo’ vc falou que estava começando a pesquisar materiais para esculturas. Como anda esse processo?
Ainda estou atrás desses materiais, mas já estou chegando em um concenso e em breve teremos novidades em relaçao a isso.
O release da Galeria Inox diz que você interagiu com vestuário. Conta para gente como foi esse projeto?
No inicio trabalhei com a marca Reserva fazendo uma ediçao limitada de peças masculinas. Agora estou lançando novamente essa ideia e já planejo uma exposiçao até o final do ano só com roupas pintadas, bordadas e aplicadas por mim em vestidos e t-shirts.
(embalagem do perfume de Isabela Capeto e camiseta da Reserva)
Você faz parte, ou já fez, de algum 'crew'?
sim, já fui da naçao crew e hj faço parte da santa crew, minha crew aqui em Santa Teresa. (também fazem parte do Santa Crew: Marcio SWK, Marcelo JOU e Duin)
3 comentários:
Ana!
Você ta mandando muito bem nas entrevistas hein..Parabens!
Bjs
Oi gente, sempre acesso o cajon...sou formada em moda e to em Meelbourne na Australia, se vcs tiverem interesse, posso passar informacoes quentinhas de moda...essa cidade respira moda...e cafe!hauhauau
Bom se puderem me passa um email de contato.
beijos e parabens q o blog e o site estao cada vez melhores.
Hola Leen!!
Se você quer participar no Cajon me manda um e-mail! nuestro.cajon@gmail.com
beS.O.S
Angélica
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