segunda-feira, 18 de maio de 2009

CHELSEA ART

Um dos dias mais intensos da minha viagem a NY foi quando fiz o roteiro das galerias de arte de Chelsea. Assumi meu papel turista e coloquei um bom par de tênis, digo isto, já que sapatos é uma unanimidade naquelas galerias onde falar “Hi” chega ser excesso de simpatia. Bom, vamos ao que interessa, a concentração das galerias fica da W 21 St a W 26 St, entre a 10th e 11th Avenue, você tem que fazer uma espécie de zig-zag contemporâneo percorrendo estas ruas. São galerias de vários tamanhos, encantador ver Yayoi Kusama na imensa Gagosian Gallery da W24 St, e quase ao lado, pequenas esculturas de Jeff Koons na Mary Boone Gallery, ou se surpreender com o acervo da DJT Fine Art com Calder, Picasso, Bacon, Basquiat, Haring, Warhol, entre muitos outros. Eu me animei e fui até a W 29 St, onde existe uma concentração de oficinas mecânicas e depósitos com muito entra e sai de caminhões, lá descobri uma galeria, a Sean Kelly Gallery com o trabalho de Gavin Turk que simulou sete Polloks com a sobreposição de sua assinatura. Era impossível não lembrar dos caminhões e dos mecânicos ao lado.

YOUNGER THAN JESUS

No fim da tarde encontrei com James Kudo que estava indo ao New Museum, continuei a maratona! Lá está acontecendo uma mostra até 14 de junho com o curioso nome “The Generational: Younger Than Jesus”, com a proposta de reunir uma geração de artistas com menos de 33 anos. Ocupando os quatro andares do museu, a exposição apresenta trabalhos de cinqüenta artistas de vinte e cinco países e analisa a cultura visual desta geração, que segundo o texto informativo ainda carece de uma definição. A exposição abrange diferentes mídias como pintura, desenho, fotografia, cinema, animação, performance, instalação, dança, trabalhos com base na Internet, e videogames. Achei muito curioso o foco que os artistas novos estão dando ao conceito de tempo e História, como o trabalho da artista Liz Glynn de 28 anos que convocou um exército de voluntários que construíram uma imensa maquete de Roma em um dia utilizando papelão, depois a destruíram completamente, todo o processo foi documentado em vídeo e polaroids, que são expostos juntos aos destroços dos monumentos. Outra coisa legal na mostra é o público jovem e descolado que circula por lá. Imperdível!

www.newmuseum.org/

por Flavio Bragança de Nova York

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