A moda é um universo mesmo fascinante. Sapato, bolsa, cada hora uma coisa diferente, uma loucura... Tão louca que muita gente esquece do que está por trás de tudo isso, de quanta gente ganha dinheiro com exploração, quanto interesse político está em jogo. Este é um dos meus assuntos favoritos, e após ler o artigo sobre a Vogue Italia no blog Cabaret Eletronico, não me contive e tive que voltar ao assunto. O "Black Issue" é uma tentativa de mudanca mesmo ou mais uma vez oportunismo da indústria com a "moda" Barack Obama???
Recomendo o artigo de Sabrina Fidalgo. MUITO bom!!!
Recomendo o artigo de Sabrina Fidalgo. MUITO bom!!!
4 comentários:
Tinha um comentario aqui mais cedo nao tinha? hehe
Bjs
Rob's, obrigada pelo "brilhante". (-: Na verdade escrevi o artigo despretenciosamente, embora o assunto me instigasse. Mas não imaginei que esse tema fosse render tanto "pano pra manga", o que de certa forma é muito bom, pois o racismo na moda, especialmente no Brasil, embora óbvio , sempre foi um tema-tabu. Na verdade essa Vogue Italía só com modelos negras me agrada e desagrada pelos seguintes motivos;esse "afrocentrísmo" com ares de "revanche", vai de encontro à toda essa "pseudo" política "neo-liberal" e globalizada dos dias de hoje, que acaba se fechando (de novo!) na guetoficação (?) e "exotísmo local" quase cafonas, colocando os negros ou "não brancos" em uma posição "diferenciada"(de novo!) "do resto" ou da maioria, que na verdade é minoria. Isso vai totalmente de encontro aos esforçõs de um avanço igualitário para todos e de um ideal semi-ufanista de um "mundo cada vez melhor" e "politicamente correto" (tenho medo dessa expresão). Por outro lado há de se louvar a iniciativa sob o ponto de vista mercadológico e logístico da coisa, ou melhor da moda, que esta na retaguarda desses citados "avanços", quando ela (a moda e seu "mundinho") encaram o mundo sob uma perspectiva quase imperisalísta-escrota e 100% etnocêntrica (eurocêntrica), privilegiando somente um determinado padrão de beleza e de consumidor quase que exclusivamente. Mesmo em "territórios estranhos", onde esse tipo de consumidor não é "rei" (vide Asia).Essa visão unilateral, eurocêntrica e padronizada, ao meu ver, é tão ou muito mais cafona, do que a própria tentativa de "guetoficação" de uma revista pra chamar a atenção ao ainda imperialísmo estético. Claro que o dinheiro tem cor, mas só um louco alienado ousaria dizer que essa cor ainda é uniforme, quando que na verdade e há muito tempo, que a cor do dinheiro esta rapidamente adiquirindo mais e mais tons "degradê". O mundo esta mudando, enfim!(Mas o "mundinho" fashion ainda dorme no século retrasado...muita meda!)
Exato!...tudo isso que vc analisa tao bem neste texto é ao que eu me refería,...desde mi visão cheia de fastío de essa esencia neocon-neolib" da "Europa branca" ...certo que o mercado brasileiro de moda é idiota se ignora que o dinheiro va pegando todos esses tonos degradé, e por mera "democracia estética", o "diversificaçáo de mercado", é conveniente jogar fora esse racismo hereditario e cafona (e absuuuurdo num pais como Brasil)...mas ao final, os falsos lavados de rostro(como apontava com a campanha política USA, ou podería ser o irónico d Vogue Preto, e uma Italia neonazi com os ziganos) nao sei (me pergunto), se nao acabam sendo pedras no proprio telhado. Enfim, ficaremos atent@s. De todo jeito, te parabenizo por a leitura crítica e inteliente da "Outra Moda" (nao imperialista-escrota de mercado global tradicional), é possivel".
Samuel Sapristi
meninas, que discussão boa essa aqui, não? to daqui assistindo, aprendendo e batendo palma que blog é pra isso meishmo. pra ajudar a gente a pensar e refletir em conjunto, néam? =)
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