quarta-feira, 30 de abril de 2008

Alphonse Mucha (1860-1939). Sedução, modernidade e utopia

Hoje foi inaugurada na fundação CaixaForum Madri, a exposição Alphonse Mucha (1860-1939). Seducción, modernidad y utopía. Através de cartazes, jóias, pinturas, fotos, livros ou objetos diversos, poderemos apreciar o trabalho de um artista polifacético que usava seu trabalho em função do marketing sem complexos.
Pintor e artista gráfico tcheco (Morávia, 1860- Praga, 1939), é amplamente reconhecido por ser um dos máximos expoentes do “art nouveau” e por suas diferentes facetas artísticas/comerciais.

Conseguiu seu primeiro grande sucesso como designer gráfico em 1894, com o cartaz da obra de teatro Gismonda, de Victorien Sardou, para a companhia de Sarah Bernhardt. A partir de elementos da arte bizantino e oriental, combinados com antigas tradições centro-européias, Mucha criou um estilo decorativo que se caracteriza por uma exuberante elegância e uma sofisticada languidez. O sucesso foi imediato. Contratado por Sarah Bernhardt para realizar os cartazes de suas obras de teatro, viveu em Paris o esplendor do art nouveau e foi um de seus representantes mais populares. A influência de sua obra gráfica se deixou sentir no mundo inteiro, e as jóias que projetou para o ouvires Fouquet se transformaram em peças de coleção.

Em 1904 empreendeu a aventura americana e viajou para Nova York, onde realizou numerosos retratos.Tal foi seu apreço popular, que nos Estados Unidos se comercializou o luxuoso sabão Muita. Estava embalado em umas luxuosas caixas art deco que provocou admiração tanto aos publicitários como aos diretores de museus. Quatro anos depois retornou a Praga e pôs sua arte ao serviço da criação de uma mitologia eslava, fundamento simbólico do novo Estado tcheco. Mucha foi iniciado na Grande Loja Maçônica de Paris em 1898, e alcançou o grau supremo de grão-mestre da loja Maçônica de Tchecoslováquia. Nunca concebeu sua obra como algo frívolo, mas com um espírito de serviço visionário.

A exposição está dividida em oito grupos de percurso conceptual. No primeiro poderemos ver as obras que Mucha criou para o mundo do teatro como cenógrafo, figurinista e autor de cartazes.Um segundo está ocupado por obras que se inspiram nas cidades, especialmente as relacionadas com a Exposição Universal de Paris de 1900, que supôs a consolidação do “art nouveau”. Em seguida vemos um espaço dedicado a “Beleza. A mulher como musa e ícone.
Também poderemos encontrar espaço dedicado às fotografias realizadas por Mucha a modelos, família ou amigos -como Gauguin- a seu interesse pelas ciências ocultas, os estudos para o projeto “a epopéia eslava”, a modernidade na propaganda ou um espaço no qual se amostra a influência de seu estilo.

Em 1898, Mucha esteve em Barcelona para realizar uns cartazes que anunciavam os chocolates Amatller e Petróleos Gal, o que contribuíu para que os barceloneses conhecessem, o considerado “pai do art nouveau”, ou modernismo. De fato a influência deste autor na Catalunha é marcante e pode ver-se em obras, também na exposição, de Lambert Escales, Lluís Labarta, Alexandre de Riquer e Eulogio Varela. Alphonse Mucha, foi pioneiro na aplicação da arte à propaganda e ao design gráfico, no uso da reprografia e as técnicas gráficas mais audazes, na utilização da fotografia, assim como em transformar à mulher no elemento protagonista de seu trabalho e da comercialização de qualquer produto, não podia ser mais atual.

As obras estarão expostas em CaixaForum Madri até no dia 31 de agosto e depois viajarão para Barcelona, Palma, Salamanca e Tarragona, junto com a exposição haverá ciclos de palestras (Eu Vou!!) Quer saber mais sobre este gênio, extremamenta atual por sua trajetória, e que sempre inspira á varios artistas contemporâneos (ollha a coleção SS08 Prada!) click aqui, aqui, aqui e aqui!

2 comentários:

Carol Fernandes - Rio de Janeiro disse...

Amo muito tudo isso!!!
bjo

Benni disse...

Caramba!!! Q invejaaa..queria poder ir....tenho uma tattoo do mucha!