quinta-feira, 27 de março de 2008

E por falar nisso...

Quando anunciou que sua capa de Abril incluiria ao modelo brasileira Gisele Bundchen e o jogador de basquete LeBron James, Vogue disse com orgulho que seria a primeira vez que um negro sairia na capa, o que não imaginou foi a polêmica acusação de perpetuar estereótipos raciais negativos. Entre outras "farpas" compara a imagem de James com a imagem do cartaz de King Kong com Fay Wray, a protagonista da primeira versão do filme sobre o gorila que se apaixona de uma loira.

A espetacular fotógrafa Annie Leibovitz é a responsável do click, parte de uma série que aparece na revista. Polêmica gerada comentários vários:
O porta-voz de Vogue Patrick O'Connell disse que "Consideramos que Lebron James e Gisele Bundchen estão divinos juntos e nos sentimos honrados de tê-los na capa",.
James declarou ao diário The (Cleveland) Plain Dealer que estava orgulhoso da foto da capa, na qual quis "transmitir um pouco de emoção".
"Tudo o que faço comentam, para bem ou para mal ", manifestou o jogador " A quem importa o que dizem?"'.
Um analista da indústria jornalística, Samir Husni, opinou que a foto é provocativa . "Está claro que traz à mente a King Kong", sustentou. A Vogue é uma revista que pensa as coisas e não prepara capas com pressa de qualquer maneira.(Huuuummmm)
"Quando uma capa lembra a gente a King Kong e reflete esses estereótipos --um negro que deseja a uma branca -, não é algo inocente", expressou. O´Connell, o porta-voz de Vogue, se absteve de comentar essas afirmações.
Em um artigo difundido pelo portal ESPN.com, a colunista Jemele Hill disse que a capa "é memorável pelas razões equivocadas". Mas contou em uma entrevista que a imagem da capa não era inusual, já que os atletas brancos geralmente são mostrados sorrindo e os pretos transmitem uma imagem "meio selvagem".
Mas outros comentam que a expressão de James é a mesma que tem quando joga. E que Bundchen não parece assustada em absoluto.
"James é uma formosa estátua masculina negra e imensa, e Gisele é uma boneca feminina sexy e preciosa", opinou Christa Thomas, contadora de 36 anos de Los Angeles, de raça preta.
"Não lhe vi nenhum tom racista. Acho que ainda somos muito sensíveis à questão racial neste país", indicou.
Husni disse que é muito cedo para saber se a Vogue vai vender mais revista, mas destacou que a controvérsia poderia aumentar o interesse já que muita gente querá ter o que pode ser considerado um "número para colecionadores"."Se em Vogue houvesse mais negros em posições editoriais altas, talvez alguém tivesse dado conta que a foto podia ser vista como a estamos vendo muitos, e tivesse tido suficiente poder como para fazer algo ao respeito", manifestou.

Enfim bafão... Estou esperando pitacos...mas as outras fotos do editorial estão muito elegantes, veja mais aqui!
Via: AP/El Universal-Nueva York

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